03/01/2011

O teu nome

O teu nome.
Soa tão bem:
o teu nome.

Esta expressão,
que soa a promessa
de sorriso,
e sol,
e calor,
e música,
e mel.
E poesia.

E, por acaso ou magia,
talvez o teu nome
apenas soe bem
porque é teu.

Luz de Esperança

E se a Luz brilhar nas Trevas
E ninguém a receber?

Mesmo que me doa,
Mesmo que me custe,
Não posso deixar-me ficar.

Se o mundo gira,
É porque também tenho
De andar.
Mesmo que fosse mais fácil
Parar,
Deitar,
Adormecer e
Acabar.
Se a Luz brilha nas Trevas,
Eu vou recebê-la.
Essa Luz de pura esperança,
Fá-la-ei parte desta
Mortal e eterna dança.

Tempo

Tempo, que és eterno e volátil.
Que me roubas o doce momento,
Que alongas a minha ânsia frágil.

Tempo, que és como o mar,
Num perpétuo vaivém de ondas.
Vem, e vai, vem, e vai, vem…

Tempo, que não te deixas ficar!
Que me obrigas a andar,
Andar, andar, andar, andar!
E não me deixas nunca parar…

E quando preciso que te sumas,
Quando quero que te vás,
Paras, alongas-te, ficas,
Estendes-te pela areia fora.

Ó Tempo, que és condição de tudo!
Que trazes movimento ao mundo!
Que trazes amargura ao poeta!
Que trespassas o momento como uma seta!
Que me tiras a liberdade,
E ofereces somente ansiedade…

Tempo, que vens e vais.
Que sempre corres e nunca mudas.
Sempre dinâmico, sempre estático,
Sempre volátil, sempre eterno.

Tempo, que me roubas este doce momento,
Que me deixas no desalento
De hoje não ser ainda
Amanhã.