10/12/2010

No céu colorido

Não sou,
nem quero ser,
explosão súbita
desse fogo-de-artifício
que surge fugazmente
e que se remete,
estrondosamente,
de novo ao anonimato.

Lá longe, na floresta,
sou antes fogueira acesa,
que crepita, brandamente,
em coro com o vento.

Sou aurora boreal,
que, certa da sua beleza,
surge, calmamente,
numa noite ao relento.

Natal

Chega, mais uma vez,
O Natal.
Abri, pois, as portas
Aos que vêm de longe!
Abri as portadas,
Para que possais observar
O Presépio do Céu,
Representado pelas Estrelas!

Abri as janelas!
Partilhai o cheiro
Das rabanadas,
E da aletria,
E da lareira acesa
Com quem passa!

Partilhai o bacalhau,
E as prendas,
E as decorações!
Abri os vossos corações!
Dai o Calor
Dos braços abertos,

E recebereis
A Vida Maior.