Os teus cabelos são uma só nuvem. Uma nuvem onde os sonhos se formam. Nela me deito, espero, adormeço. E no sonho que tenho em ti encontro a minha verdade. O meu sonho é a verdade.
O teu sorriso é o Céu. À primeira vista, não desvendo a sua insondável grandeza. Até que, brilhando de esperança, surgem timidamente as estrelas e, nem na escuridão mais densa, elas deixam de reluzir. E estrelado fica o meu sonho.
As tuas faces rosadas são dois botões de flor, pequenos e simples. São a pureza, são a fragilidade. São a beleza da imperfeição e da fraqueza da nossa espécie. São o que nos torna humanos.
E teus olhos! ... Existe, neste Universo, algo que tenha comparação possível com os teus olhos, para além dele próprio? Essas doces íris, que contêm o recanto mais sombrio – onde as Trevas de nada valem contra a Luz em ti acesa – e a majestosa planície – onde o Sol se espreguiça, inocente, aquecendo e iluminando todas as almas.
Contudo, como poderia eu sonhar com qualquer aspecto do teu semblante, sem antes reconhecer o teu bondoso coração? O teu apoio, o teu centro de gravidade, a maior dádiva que podias oferecer ao mundo. A verdade do meu sonho.
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