15/11/2014

espuma

o mundo é
os sóis de todos os dias    o mundo é
as praias que habitamos

os azuis dos céus e dos oceanos
a valsa dos ventos e das vidas
o agridoce das despedidas
e de novos começos

esperamos até hoje para
sermos o que somos
e nos tornarmos no que nos
tornamos    mas
ainda não acabamos

somos espuma    nas
marés dos tempos encontramo-nos
e afastamo-nos

jamais eternos    sempre etéreos
em perpétuo movimento    até que
num suspiro dissolvemos    e amanhã
recomeçamos

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