ter
correntes e querer correr
paralisias
intermináveis
os nervos devastados
de quem acredita no passado
com a força de todas as marés
ter passados e querer correr
ter as dores cicatrizadas
de quem duvidou do não e do sim
e se arrependeu da escolha
ter vontade
ter vontade
ter um nevoeiro adiante
mas ter vontade
ter o estômago vazio de quem
já teve borboletas de quem
já teve murros
de quem viu as cinzas dos mortos
lentamente pegarem fogo
ter uma nuvem escura
ter a tempestade dos tempos
em todos os recantos do que
foi bom
em todos os recantos onde
já brilhou o sol dourado das manhãs de domingo
e lentamente se fez paz
ter a dúvida e
ter um não
e ter um não
e ter um não
e ter medo mas
querer correr e querer
correr e querer
correr e querer
correr e querer
correr e finalmente
de quem acredita no passado
com a força de todas as marés
ter passados e querer correr
ter as dores cicatrizadas
de quem duvidou do não e do sim
e se arrependeu da escolha
ter vontade
ter vontade
ter um nevoeiro adiante
mas ter vontade
ter o estômago vazio de quem
já teve borboletas de quem
já teve murros
de quem viu as cinzas dos mortos
lentamente pegarem fogo
ter uma nuvem escura
ter a tempestade dos tempos
em todos os recantos do que
foi bom
em todos os recantos onde
já brilhou o sol dourado das manhãs de domingo
e lentamente se fez paz
ter a dúvida e
ter um não
e ter um não
e ter um não
e ter medo mas
querer correr e querer
correr e querer
correr e querer
correr e querer
correr e finalmente
ter um sim
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