Vejo a
velhinha sentada à porta de casa
o cabelo
branco cai-lhe sobre o rosto
em fios já
tão sem vida
Talvez a
vida se esvazie das pessoas
pelos
extremos
Primeiro
dedos unhas pontas dos cabelos
Fica então o
nada
a engolir
lentamente o resto do corpo
Até tragar
de uma só vez o coração
E,
indiferente, pará-lo
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