03/11/2012

Remoinhos de águas turvas


O cheiro das doces flores.
O calor do sol acolhedor.
O som da corrente decidida.

Respiro.
Abro os olhos.
E olho.
E vejo.
E sinto.

Um reflexo fugaz.
Um brilho que se move,
Que dança,
Que foge.

A transparência das águas
Nada pode contra ele –
- O sol bate certo
E ele, certo, se reflete.

E há, no meu coração,
A saudade daquele vidro
Que se fez espelho.

E há, na minha mente,
Confundindo a decisão da corrente,
Remoinhos de águas turvas.

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