Com o negrume solitário
A canção acabou,
Cala-se o rouxinol centenário.
E o silêncio profunfo,
Sem dizer nada, diz tudo:
Que a Luz,
Iluminando a Vida,
Traz aquela Felicidade indefinida,
Característica própria
Do que é verdadeiro.
E quanto atrás fica
A Alegria superficial
Da música do rouxinol!
Que a Escuridão não traz mais
Do que Tristeza
E Incerteza,
Sob a qual até os mais
Valentes vacilam.
Contudo, lá ao fundo,
A pairar sobre o oceano,
É a Lua,
Que te vê no seu plano
Omnisciente
E te protege, sorridente.
Com essa pequena luz,
Surge uma réstia de esperança
Que te ajuda a passar a noite,
Embora em ânsia,
Até ao romper do dia,
Acompanhado da alegre melodia,
Que quase se desvanecia
Na escuridão.
Então, entre a Lua e o Sol,
Sabes que estarás sempre guardado,
Desde que o teu rouxinol
Nunca fique totalmente calado.
Novembro - Dezembro 08
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